VOCAÇÃO DE PUTA
(Beija-flor)
A mulher que nasceu com vocação de puta,.... não muda! Pode até se fazer de santa, mas seu rosário ela reza mesmo é na cama. Com seu jeitinho faceiro não dispensa nem o carteiro e é de baby-doll bem fininho que recebe o vizinho com aquela gentileza cheia de segundas intenções. A molecada logo percebe que a janela fica aberta depois do banho e pela fresta da cortina, avista a nudez nem um pouco distraída de quem tem prazer em se exibir. Suas curvas são acentuadas e perigosas, feito a serra do mar em dia de chuva e naquele instante, sua mão desliza pelo corpo lambuzado de hidratante. Gesto proposital e provocante para o delírio de quem a observa com os olhos e lhe toca na imaginação. Na padaria é uma rainha com seu shortinho apertado revelando o desenho da sua calcinha. Os homens param tudo o que estão fazendo para vê-la desfilando na passarela do bairro, onde sua fama anda mais rápido que estudante atrasado em dia de prova. Nem mesmo o casamento muda a mulher que nasceu puta e assim como a oportunidade faz o ladrão, a puta também não dispensa uma rapidinha atrás de um caminhão e nem uma encoxada na condução. No fundo, o que ela mais gosta e não resiste de jeito nenhum é quando com as duas mãos na parede e uma perna levantada pelo Ricardão, numa esquina qualquer e com a boca seca de medo e tesão, sente ser penetrada por um membro rígido com pressa e violência, porque toda puta que se preza sonha com isso e muito mais, dando de pé ou agachadinho, de frente, por trás ou de ladinho